Setembro Amarelo: Um novo olhar sobre a prevenção ao suicídio

Mês da luz da vida, contra o fato de atentar contra a própria existência!

Setembro Amarelo: Um novo olhar sobre a prevenção ao suicídio

Setembro Amarelo é mais do que uma campanha de conscientização; é um movimento de vida. A cada 40 segundos, uma pessoa tira a própria vida no mundo, segundo a OMS, e a depressão é uma das principais causas que pode levar a esse desfecho devastador. No Brasil, o cenário é igualmente alarmante, com o suicídio sendo a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Esse dado reforça a necessidade urgente de discutir saúde mental e promover o acolhimento de quem enfrenta a dor invisível da depressão.

"A depressão é sem dúvidas um mal crescente em nossos dias. Muitas vezes ela se esconde por trás de sorrisos, até o dia em que a pessoa só consegue ver o céu cinza, as forças e o ânimo se esgotando e nada mais é interessante ou tem alguma importância para ela. E tudo isso em meio ao cenário de caos e pressões do mundo moderno. Tudo isso torna nossa mente um campo de batalha", alerta Gesika Amorim, Mestre em Educação Médica e especialista em Saúde Mental.

É crucial lembrar que a fragilidade mental não é fraqueza; é uma realidade que muitos enfrentam. O suicídio é uma consequência devastadora da dor silenciada.

Amorim destaca que "o suicídio é uma emergência silenciosa, que muitas vezes nasce do desconhecimento e da falta de um olhar atento às sutilezas do sofrimento humano". Segundo ela, "a depressão muitas vezes se disfarça atrás de sorrisos e atitudes de aparente normalidade, tornando essencial o esforço coletivo de desmistificação e a oferta de apoio".

A campanha Setembro Amarelo emerge como um farol de esperança, trazendo à tona a discussão sobre depressão e outros transtornos mentais, temas que por muito tempo permaneceram estigmatizados. A campanha não apenas conscientiza, mas salva vidas ao incentivar a busca por ajuda: "Falar sobre suicídio não é incentivar a prática, é quebrar o ciclo do silêncio que o cerca e dar voz a quem precisa ser ouvido", reforça a especialista.

Neste contexto, o papel da mídia é fundamental. Jornalistas e agentes de comunicação podem ser a ponte entre a informação e a transformação, levando ao público histórias de superação e a importância da rede de apoio. É preciso ressaltar que, ao se abrir para o diálogo, salvam-se vidas. Promover o Setembro Amarelo é mais do que uma ação de prevenção; é um ato de humanidade.

"A conscientização é o primeiro passo, mas a ação efetiva vem do suporte contínuo e da criação de ambientes acolhedores, onde as pessoas possam buscar ajuda sem medo de julgamento", finaliza Amorim.

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