Pesquisa ABRASORVETE revela que brasileiros consomem 9,1 litros de sorvete por ano

Estudo inédito revela preferências regionais e fatores que influenciam o consumo

Pesquisa ABRASORVETE revela que brasileiros consomem 9,1 litros de sorvete por ano

A Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (ABRASORVETE) divulga pesquisa inédita de sorvetes que pela primeira vez usou a metodologia de entrevistar os consumidores, para comemorar o Dia do Sorvete, celebrado em 23 de setembro. O estudo inédito, realizado pela consultoria EJFGV (Empresa Júnior da Fundação Getúlio Vargas, que atua desde 1988) em parceria com a ABRASORVETE, apresenta o panorama do consumo de sorvetes no Brasil.

As regiões que mais consomem sorvete são: São Paulo 20%, Minas Gerais 9,87% e Rio de Janeiro 9,73%. Segundo o levantamento, 25,20% dos consumidores têm entre 25 e 34 anos, indicando que o sorvete é consumido por diversas faixas etárias. O formato mais popular é o sorvete de massa, com 73,47% de preferência, seguido por picolé com 13,20% e o Soft (casquinhas de fast food) com 10,93%.

A pesquisa revelou também que o consumo médio anual de picolé no Brasil é de 3,19 litros por pessoa, ou cerca de 45 unidades, por ano. Já o sorvete de massa registra um consumo médio de 5,94 litros por ano. Totalizando todos os formatos, o estudo indica o consumo de 9,1 litros de sorvete por ano. Vale destacar que cerca de 10% a 15% da população brasileira não consome sorvetes e não foram considerados no estudo.

Os principais motivos para o consumo de sorvete são: como sobremesa para 64,40% dos consumidores, durante passeios para 60,27% e como lanche para 21,20%. Além disso, 66,53% afirmam que o clima influencia sua decisão de compra, enquanto 33,47% não consideram a temperatura.

Quanto aos locais de compra, as sorveterias lideram com 69,6%, seguidos pelos supermercados 54,8% e restaurantes e cafeterias com 28,13%. Vale ressaltar que 17,7% dos respondentes indicam que não substituem o sorvete por outras sobremesas, de forma alguma. Isso sugere uma fidelidade ao produto ou uma preferência específica pelo sorvete que outras sobremesas não conseguem satisfazer.

A pesquisa revelou ainda que cerca de 56% do público que consome sorvetes têm renda de até dois salários mínimos, o que sugere que o sorvete ainda é uma das sobremesas mais populares no cardápio do consumidor brasileiro. A maioria dos consumidores, 67,46%, não possui nenhuma restrição alimentar. Isso sugere que a maior parte do mercado de sorvetes pode ser atendida com produtos tradicionais sem necessidade de adaptações especiais. “Os dados da pesquisa reforçam a força do mercado de sorvete no Brasil, impulsionado por fatores como a diversificação dos produtos, dinamismo e modernização da indústria brasileira, além do aumento das temperaturas em algumas regiões. Isso abre um leque de oportunidades para o setor, e a ABRASORVETE está pronta para apoiar esse crescimento”, reforça o presidente da entidade Martin Eckhardt.

A história do sorvete

A história do sorvete é tão antiga quanto deliciosa. Originário da China, onde era consumido em forma de leite e arroz congelado há mais de 2 mil anos, o sorvete evoluiu para uma iguaria apreciada em diversas culturas. Na Pérsia, por exemplo, era feito com leite, frutas e especiarias, e na Itália, a invenção do método de congelamento com sal e gelo o tornou mais acessível.

No Brasil, a chegada do sorvete se deu no século XIX, com a importação de grandes quantidades de gelo. Inicialmente, era um produto de luxo, mas com o tempo se popularizou, graças à imigração europeia e à expansão da indústria alimentícia. A adaptação de sabores aos costumes brasileiros, como os de frutas tropicais, contribuiu para o sucesso do sorvete no país.

Hoje, com um consumo médio de 9,1 litros anuais, o Brasil se destaca como um grande mercado para a indústria de sorvetes. No entanto, a ABRASORVETE acredita que há potencial para um crescimento maior e está trabalhando para impulsionar o setor, com ações que visam a redução da carga tributária, a valorização do produto e o incentivo à qualificação e inovação com desenvolvimento de produtos de maior saudabilidade, atendendo a todos os públicos. A meta da entidade é aumentar em 50% o consumo de sorvete no Brasil nos próximos 10 anos.

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