VR lança pesquisa sobre o trabalhador brasileiro e sua saúde financeira, alimentar e mental

8 em 10 estão endividados, 45 % dos entrevistados têm vontade de mudar de emprego; 51% estão insatisfeitos com o salário; mulheres pagam mais pela alimentação (61%), principalmente as que têm filhos

VR lança pesquisa sobre o trabalhador brasileiro e sua saúde financeira, alimentar e mental

VR lança a 4a edição da sua pesquisa que traça o perfil do trabalhador brasileiro. Dividido pelas categorias: relação com o trabalho e aposentadoria, hábitos alimentares, mobilidade, saúde mental, uso e importância dos benefícios, relação com as finanças, compras e cashback e preocupação com ESG, o estudo mostra as principais dores e necessidades de milhares de trabalhadores e de seus familiares.

Realizada em conjunto com o Instituto Locomotiva, a amostra contou com 4.529 entrevistados da base VR, de todo território nacional (63% Sudeste, 16% Sul, 11% Nordeste, 5% Centro-Oeste e 4% Norte), sendo 54% homens e 45% mulheres. “Essa rodada da pesquisa VR/Locomotiva reforça o compromisso da VR em conhecer a jornada do trabalhador a partir do uso intensivo de dados, o que nos ajuda a desenvolver serviços que gerem impacto positivo e social e facilite a vida desse trabalhador”, explica Cassio Carvalho, diretor-executivo de negócios da VR.

Trabalho

O levantamento apontou que 32% dos entrevistados consideram de mudar de emprego. A insatisfação com o salário (51%), a falta de oportunidade de crescimento (44%), o desejo de mudança/experimentar algo novo (38%) e o descontentamento com benefícios oferecidos (32%) são as razões mais apontadas para o desalento.

No que se refere ao modelo de trabalho, 82% exercem suas funções presencialmente nas empresas, enquanto 18% trabalham em modelos que incluem o home office - que pode ser 100% remoto ou híbrido. A comodidade deste modelo de trabalho mais flexível é mais predominante entre os profissionais das classes A e B (28%).

Em um comparativo com a pesquisa de 2022, 78% dos entrevistados trabalhavam presencialmente e 22% em algum modelo com home office, o que demonstra a tendência de que o trabalho remoto vem perdendo força no universo corporativo após a pandemia.

Saúde mental

Sobre percepção de saúde, 74% expressaram preocupação com a saúde em geral; e 66% especificamente com a saúde mental. De acordo com o levantamento, 67% já enfrentaram alguma situação desafiadora do lado mental e emocional, 43% relataram ter enfrentado estresse ou burnout, 35% lidaram com ansiedade, crises de pânico ou depressão e 38% referiram medo de perder o emprego.

De acordo com o levantamento, 47% das mulheres já enfrentaram crises de ansiedade, pânico e depressão, e metade afirmaram que nos últimos 12 meses sofreram de estresse ou burnout no ambiente em que trabalham. A pesquisa também revela que a maioria das empresas não oferece benefícios para cuidados com a saúde mental e somente 32% têm acesso a palestras e seminários sobre o tema. Programas de apoio psicológico e reembolso para terapia são oferecidos por 30% das empresas e são mais comuns entre as classes sociais mais altas que participaram do estudo (37%).  Sobre os cuidados com o corpo, apenas 36% dos trabalhadores são incentivados a praticar atividades físicas.

Finanças e Consumo

Nas relações com o dinheiro, 78% dos respondentes possuem alguma dívida em aberto, sendo que 29% estão com os pagamentos atrasados há mais de 30 dias. Para 43% as pendências financeiras chegam a comprometer 50% ou mais da renda total. Cerca de 49% são os únicos responsáveis pelas contas em seus lares, enquanto 47% dividem a função com outros membros da família.

4 em cada 10 trabalhadores ouvidos disseram ter dificuldades para entender assuntos financeiros e quase metade (48%) já adquiriu dívidas por comprar sem pensar. Aproximadamente 53% fizeram empréstimo e 32% ainda pretendem fazer, sendo as razões mais indicadas as emergências financeiras e despesas não previstas (41%), e o pagamento de dívidas (39%). 

Abordando os hábitos de compras, a preferência por comprar em loja física ou pela internet empata, 50/50. Sobre meios de pagamento, os mais utilizados pelas classes A e B são cartão de crédito (33%) e débito (33%). Já as classes D e E, os mais usados são Pix (46%) e mesmo o dinheiro físico (23%).

Hábitos alimentares

Os gastos com alimentação e refeição representam pelo menos metade das despesas (58%) dos trabalhadores ouvidos. Alguns grupos têm a renda total mais comprometida com esses gastos, entre as mulheres e pessoas que têm filhos 61% comprometem metade ou mais dos gastos totais com comida, entre as classes DE esse número sobe para 75%.

Daí a importância de as empresas oferecerem benefícios para alimentação aos seus empregados, dado que vai ao encontro dos 74% dos ouvidos que afirmaram receber Vale-Alimentação, ou seja, pagamento que é aceito em estabelecimentos como supermercados. Dos colaboradores que recebem algum tipo de benefício, 62% costumam dividir o benefício com a família, sendo que 61% compartilham o VA e 49% o VR.

A maioria dos trabalhadores ouvidos costuma levar marmita (61%), entre as classes DE esse número sobre para 67%. Somente 16% costumam se alimentar em restaurantes, já entre as classes A e B, 25% optam por comer fora. Os demais se dividem entre os que utilizam os refeitórios nas empresas (12%) e delivery (7%). "Em um levantamento que foi feito a partir do cadastramento de notas fiscais no SuperAPP da VR, identificamos que os ultraprocessados estão entre os alimentos mais comprados (22%), refrigerantes e bebidas prontas estão em quinto lugar, empatados com as proteínas. Esses comportamentos são prejudiciais à saúde como um todo, por isso, reforçamos a importância do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e da oferta de benefícios de Vale-Refeição e Vale-Alimentação, que permitem aos trabalhadores fazer escolhas mais saudáveis”, avalia o executivo.