Diversidade no mundo corporativo: iniciativas de inclusão fazem diferença na vida das pessoas e das empresas

Apesar de ser debatido com bastante frequência no mundo corporativo, as empresas brasileiras ainda precisam evoluir quando o assunto é diversidade. Isso inclui não só o público LGBTQIAPN+, mas pessoas com variedade de idade, grupos étnicos, raciais e religiosos, Pessoas com Deficiência (PCDs) e em vulnerabilidade social. Esta é a principal constatação de várias pesquisas acerca da questão.

O Panorama da Diversidade nas Organizações, formulado pela To.gather — startup de dados sobre diversidade, revela que quase 61% das companhias nacionais repassam para o setor de Recursos Humanos este trabalho para tornar a companhia mais plural.

O estudo ainda analisou que apenas 27,3% destas empresas que tocam questões de diversidade com o RH, realmente investem dinheiro em iniciativas do tipo. Já outros indicadores apresentam como a falta de dedicação exclusiva ao tema reflete no universo do trabalho.

O Brasil sofre com uma taxa de desemprego de 7,4%, que apesar de ser a menor desde 2015, ainda afeta mais de 8 milhões de pessoas. E parte importante deste público sem ocupação são os brasileiros com idade entre 18 e 24 anos, que deveriam estar começando a vida profissional.

Após o período de pandemia e as altas taxas de desemprego que o país enfrenta, o mercado de trabalho brasileiro passou por um fenômeno de “uberização” nos últimos anos, atingindo principalmente os grupos mais vulneráveis.

A inclusão produtiva, por sua vez, vem contra a maré e se apresenta como uma estratégia que visa garantir o acesso de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica ao mercado de trabalho.

A diversidade como ferramenta de inclusão e seu impacto nos negócios

O tema diversidade não está sendo pautado por questões temporais e o assunto tampouco cairá no esquecimento. Afinal de contas, além de garantir que mais pessoas tenham oportunidades no mundo do trabalho, ambientes diversos trazem resultados.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão ligado à ONU, empresas diversas, que possuem altos níveis de igualdade e inclusão, conseguem resultados melhores de produtividade, por exemplo.

O avanço da produtividade está ligado a questões como o respeito entre os colegas de trabalho, que gera um bom ambiente organizacional. Portanto, uma empresa que aposta na diversidade acaba tendo vantagens como:

• Maior inovação;
• Retenção de talentos;
• Diminuição da rotatividade;
• Trabalhadores mais engajados;
• Redução de conflitos;
• Melhora da imagem externa.

Para Marcos Gimenez, a inclusão de grupos vulneráveis no mercado de trabalho é muito mais do que investir em diversidade para sua empresa, é uma maneira de efetivar os direitos fundamentais dessas pessoas.

Ele ainda ressalta que a diversidade não deve se limitar à contratação: “é fundamental pensarmos em um ambiente que possa receber as divergências com diálogo e inclusão”, afirma. E, para isso, são necessárias atualizações na cultura corporativa.

Iniciativas que promovem diversidade

Conquistando os avanços neste campo, o Brasil já tem boas iniciativas no âmbito da diversidade corporativa. Dentre estes casos está a Bravo, empresa especializada em soluções inteligentes da transformação digital das áreas fiscal e contábil.

A companhia desenvolveu o Programa Garra, que tem como objetivo ampliar as oportunidades de trabalho para meninos e meninas jovens em situação de vulnerabilidade social. Além de oferecer todo um ciclo de formação, capacitação e mentoria, a iniciativa oferece empregos para estes jovens.

Marcos explica, ainda, que o Programa Garra está inserido nas soluções ESG da empresa e que ele possibilita justamente trazer pessoas com histórias de vida bastante diferentes.

“O Programa Garra substituiu o nosso programa de estágio. E o nosso entendimento é que apesar de saber que um universitário também passa por muitos percalços, há muitos jovens brasileiros que ao menos conseguirão chegar na universidade. Então, oferecer esta oportunidade de aprendizado e qualificação para estes meninos e meninas é garantir que teremos perspectivas e trajetórias muito particulares contribuindo com a gente”, ressalta.

A iniciativa é realizada em parceria com o Instituto PROA, que realiza a seleção de jovens de baixa renda que são provenientes de escolas públicas. Após a seleção, os estudantes passam por uma trilha de seis meses de capacitação, onde há orientação e acompanhamento até a chegada ao mercado de trabalho.

Na Bravo, os jovens de 18 a 22 anos passam por entrevistas e os que foram aprovados são contratados em regime CLT. Atualmente, a empresa conta com mais de 70 jovens provenientes desta iniciativa.

E o Programa Garra foi, inclusive, agraciado pelo Prêmio Barco de Ouro, um reconhecimento concedido pelo Instituto PROA para os principais empregadores de pessoas jovens.

“Oferecer este primeiro emprego em regime CLT causa uma sequência de efeitos positivos para este jovem, que passará a ser um agente de transformação não só da própria família, mas da sociedade”, defende Fabiana Dias, Gerente de RH da Bravo.

Conheça mais sobre o Programa Garra no site: https://bravocorp.com.br/programa-garra/