3 dicas para manter a sua empresa no azul

3 dicas para manter a sua empresa no azul

*Por Taeli Klaumann

Manter as finanças saudáveis é o sonho de qualquer empresa, mas essa nem sempre é uma tarefa fácil. E o motivo para isso é simples: um crescimento sustentável depende do equilíbrio entre o planejamento de curto prazo e a visão de médio e longo prazo. 

Muitas vezes, as companhias se afastam dessa realidade por se concentrarem apenas em metas imediatas. Além disso, há uma tendência em se limitarem só a indicadores financeiros tradicionais, como faturamento, lucro bruto e EBITDA (sigla em inglês para “Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização”), sem considerar fatores operacionais e de satisfação do cliente. 

Ou seja, são movimentos que podem levar as empresas a tomar decisões baseadas em dados incompletos, prejudicando a sua saúde financeira no futuro. Logo, para fugir dessa perspectiva e se manter no azul, uma organização precisa ampliar o seu olhar e agir de forma assertiva.

A caixa de ferramentas dos executivos precisa ser variada, para que seja utilizada a estratégia mais adequada ao momento da companhia. Falar apenas de cortes de custos, despesas ou aceleração dos investimentos é muito superficial. Tanto o CFO quanto os outros líderes devem estar mergulhados no negócio para entender onde estão as melhores alavancas de resultado.

Em geral, há 3 dicas indispensáveis para atingir essa meta, que são:

  • Criar uma cultura de engajamento e eficiência operacional

Seja na área que for, qualquer empresa só avança quando todos os seus times estão alinhados com os objetivos estratégicos e comprometidos com a eficiência operacional. Portanto, uma cultura organizacional que promova o engajamento dos colaboradores na execução do planejamento financeiro mantém a interconectividade do business.

Vamos entender isso na prática. É normal, por exemplo, ver empresas com fluxos de caixa negativos, dependendo do seu plano. No entanto, quando esse valor diminui para além do previsto, é sinal de perigo, exigindo uma tática de contenção integrada e voltada para a correção do problema. 

Uma equipe financeira engajada é capaz de montar um diagnóstico preciso para identificar onde está o erro e implementar ações corretivas imediatas, geralmente partindo da revisão de despesas. Com esses custos contidos e as operações rodando com eficácia, o fluxo passa a ser melhor controlado, inclusive visando a produção de estratégias para aumentar a geração de receita.

  • Ter uma abordagem data-driven

Em um ambiente de mercado volátil e incerto, apostar no instinto ou “feeling” raramente funciona nos negócios. A tecnologia, neste ponto, deve ser aproveitada ao máximo, minimizando processos manuais e rotineiros.

Por essa razão, tomar decisões com base em dados concretos e análises detalhadas é um dos passos para manter a companhia no caminho certo. É importante buscar e interpretar as informações disponíveis para orientar os movimentos financeiros, permitindo identificar oportunidades de melhoria, avaliar o desempenho atual e ajustar estratégias conforme necessário.

Uma abordagem data-driven garante que o planejamento das finanças seja o mapa dos objetivos da sua empresa. Através disso, é possível elaborar checkpoints tangíveis e se adaptar às mudanças de mercado.

  • Promover uma gestão financeira proativa e pró-negócio

Manter a saúde financeira de uma empresa não depende só do plano de ação em si, mas também do que vem depois. É um processo contínuo, com um monitoramento recorrente que guia as ações das equipes.

As organizações que estabelecem um acompanhamento constante dos resultados financeiros, com fechamentos pontuais e a atualização regular de modelos de projeções e cenários, estão à frente dos seus próprios desafios. Isso permite, por exemplo, a produção de um planejamento abrangente, que antecipe necessidades de investimento como contratações ou expansão de operações. 

Uma gestão como essa, que prioriza esforços extras para elaborar estratégias de médio e longo prazo, facilita a visualização de “onde estamos” e “para onde estamos indo”. Se o “onde estamos indo” está distante do “onde gostaríamos de chegar”, está na hora de mobilizar times e planos de ações para a correção de rotas. 

No português claro, não há como tirar o olho da bola. Tanto com resultados favoráveis quanto adversos, as empresas devem analisar e evoluir constantemente o entendimento do seu negócio e do mercado. Só assim poderão manter as contas em dia. 

 

(*) CFO (diretora executiva financeira) da Conta Simples.