Estudo inédito: 33 por cento das pessoas declaram ter diminuído a ingestão de bebidas alcoólicas

Brasileiros estão priorizando a saúde, escolhendo bebidas mais saudáveis e conscientes, modificando os padrões de consumo e impulsionando a inovação na categoria

Estudo inédito: 33 por cento das pessoas declaram ter diminuído a ingestão de bebidas alcoólicas

O estudo inédito “O dossiê das bebidas”, realizado pela martech MindMiners, traz uma série de insights sobre a relação dos brasileiros com as bebidas, revelando as principais necessidades e preferências dos consumidores. Um dado surpreendente é que os mais jovens, representados pela Geração Z, estão consumindo menos bebidas alcoólicas em comparação com as gerações anteriores. 

A pesquisa revelou que 45% da Geração Z consome a categoria, enquanto os millennials representam 57%, a Geração X 67% e os Boomers 65%.  Essa tendência está relacionada principalmente à falta de interesse (58%) e ao sabor das bebidas (35%), contribuindo para uma mudança significativa nos padrões de comportamento. 

O levantamento também mostra que 57% dos entrevistados consomem bebidas alcoólicas e entre as categorias mais populares, cerveja lidera com 44%, seguida de perto pelo vinho com 37%, destilados com 36%, Ready to Drink com 26% e outras opções somando 24%.

A pesquisa nos mostra que, em meio a uma mudança de paradigma onde a saúde e o bem-estar ganham destaque, a Geração Z emerge como uma força impulsora dessa transformação, reduzindo o consumo de bebidas alcoólicas e optando por estilos de vida mais equilibrados. No entanto, paradoxalmente, são os membros dessa geração os mais suscetíveis à influência da publicidade e abertos a experimentar novas marcas e tipos de bebidas alcoólicas, juntamente com a Geração Y”, comenta a Especialista da MindMiners, Flávia Rodrigues.

A pesquisa da MindMiners reforça os dados acima e mostra que 43% quer reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente aqueles que já o fizeram nos últimos 12 meses. O que motiva a mudança e redução do consumo é o desejo pelo cuidado com a saúde e a busca por qualidade de vida.

E aí, vai uma cervejinha sem álcool?   

Os dados revelam um panorama promissor para a categoria de cerveja sem álcool, indicando uma crescente conscientização e aceitação por parte dos consumidores. O alto índice de familiaridade, com 82% dos entrevistados afirmando conhecer a categoria, sugere uma penetração significativa no mercado. Além disso, 47% dos respondentes já experimentaram cerveja sem álcool, isso evidencia uma disposição considerável para adotar essa opção. 

É interessante notar que a maioria dos conhecedores dessa categoria são consumidores regulares de bebidas alcoólicas, destacando um potencial para ampliar o alcance da cerveja sem álcool entre esse público. A associação entre cerveja sem álcool e atividade física, observada em 88% dos conhecedores da categoria, sugere uma percepção de saudabilidade e compatibilidade com um estilo de vida ativo, o que pode impulsionar ainda mais sua popularidade”, afirma a especialista. 

A disposição dos consumidores atuais em pagar mais por bebidas que promovem benefícios à saúde, revelada por 57% dos respondentes, indica uma demanda por produtos que atendam a essas expectativas, oferecendo oportunidades para o crescimento e inovação dentro desse segmento.

Para o co-fundador e CEO (diretor executivo), Renato Chu, existe uma grande oportunidade para marcas da categoria utilizarem abordagens mais inovadoras para atender às necessidades do consumidor moderno, mas também ressalta a importância de adaptar-se às mudanças de preferências e comportamentos do mercado. “A busca por oferecer uma melhor experiência para o consumidor passa, naturalmente, pela necessidade de conhecê-lo de forma mais profunda, entendendo seus hábitos, atitudes, preferências e demandas ainda não atendidas. E é aí que a pesquisa entra, como uma aliada poderosa para indicar caminhos possíveis para solidificar a conexão emocional entre a marca e seu público”.

Além do álcool, você está bebendo o quê? 

Quando perguntados sobre o consumo das bebidas não alcoólicas, os números provam que a maioria das pessoas está buscando cuidar da saúde por meio de escolhas conscientes. 74% dos respondentes consomem bebida à base de leite, enquanto 70%, ingerem suco, sendo 58% suco natural da fruta, refletindo essa preocupação em obter nutrientes essenciais para o corpo. 

Para 84%, a água é considerada a bebida mais importante para a saúde física, destacando a ênfase na hidratação e nos benefícios associados à ingestão adequada de água para o organismo. 

Por outro lado, há uma conscientização significativa sobre os efeitos prejudiciais de certas bebidas. A crença de que sucos industrializados (59%) e refrigerantes (67%) são prejudiciais à saúde é compartilhada por uma parcela significativa da população, indicando um aumento na preocupação com os ingredientes artificiais, açúcares adicionados e outros aditivos presentes nesses produtos.   

Entre os insights obtidos pelo estudo, esses são alguns dos números levantados:   

  • 60% gostam de experimentar novas marcas e tipos de bebidas alcoólicas;  
  • 41% das pessoas alteraram o volume de consumo nos últimos 12 meses: 33% declaram ter diminuído a ingestão de alcoólicos, enquanto 8% afirmam ter aumentado;  
  • 43% das pessoas entrevistadas não consomem bebidas alcoólicas. Mais da metade porque não têm interesse, 34% por não gostarem do sabor dessas bebidas, 30% porque não gostam dos efeitos do álcool; 19% porque querem melhorar a qualidade de vida e 17% por questões religiosas;
  • 58% experimentaram cerveja sem álcool por curiosidade, enquanto 14% devido ao uso de medicamentos restritivos e 11% por causa do álcool e a direção;  
  • 58% experimentaram drinks prontos por curiosidade;  
  • 57% afirmam que pagariam mais caro em bebidas que oferecessem benefícios à saúde, principalmente entre as mulheres, 66% declaram que gostam de bebidas com ingredientes mais naturais;
  • 86% dos respondentes acreditam que o material da embalagem é importante para manter o sabor e/ou a qualidade das bebidas;

O estudo foi realizado por meio da plataforma de consumer insights ("sacadas do consumidor", em tradução livre) da MindMiners e ouviu 3.000 respondentes de todo o país.