Após subirem em fevereiro, vendas estaduais têm queda de 3,25%

Após subirem em fevereiro, vendas estaduais têm queda de 3,25%

Os três primeiros meses de 2024 não foram muito animadores para o mercado imobiliário de vendas de casas e apartamentos usados do estado de São Paulo. Em janeiro, já contávamos com um resultado inferior em 7,11% na comparação com dezembro de 2023.

Fevereiro conseguiu uma reversão nessa tendência, crescendo 18,11% em relação a janeiro. E em março, o índice voltou a cair, com vendas ficando 3,25% menores na comparação com o mês anterior. Assim, o acumulado de 2024 está 7,75% positivo, bem inferior, por exemplo, ao percentual relativo às locações, que acumulou 24,94% de crescimento no período.

Essa queda de 3,25% em março decorre, em parte, dos números, também negativos, registrados pelo levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo, na Capital e nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Guarulhos e Osasco, que compõem a Grande SP. Nessas duas regiões, as vendas caíram 10,34% e 10,45%, respectivamente. Somente o Interior e o Litoral mostraram crescimento nas transações efetuadas, de 4,03% e 7,22%, respectivamente, entre fevereiro e março.

O cenário está mais favorável para as locações em todo o Estado. Em janeiro, o índice registrado pela Pesquisa CRECISP marcou aumento de 14,37% na comparação com dezembro de 2023. Em fevereiro, houve uma pequena queda, de 6,12%, compensada pela alta de 16,69% em março. Com isso, o volume de novos contratos de aluguel fechou o trimestre em um acumulado positivo de 24,94%.

Todas as quatro regiões em que a Pesquisa CRECISP divide o Estado registraram alta nas locações na comparação entre março e fevereiro. Na Capital, elas subiram 12,30%; no Interior, 26,01%; no Litoral, 3,91% e na Grande SP, 10,59%.

Financiamento supera vendas à vista

Somados, os créditos imobiliários concedidos pela CAIXA e pelos bancos privados totalizaram 58,66%, percentual bem superior ao 47,85% das vendas à vista realizadas em todo o Estado no mês de março. Essas foram as principais formas de pagamento escolhidas pelos compradores de casas e apartamentos. Na sequência, o parcelamento direto pelos proprietários e os consórcios representaram apenas 1,88% e 1,61%, respectivamente.

Os descontos concedidos pelos donos dos imóveis para o fechamento dos negócios caíram 65,29% nas áreas nobres, na comparação entre março e fevereiro: eram de 8,21% e passaram para 2,85%. Nas regiões centrais, os percentuais diminuíram 15,96%: eram de 9,02% em fevereiro e chegaram a 7,58% em março.

Apenas ficaram maiores os descontos dados pelos proprietários para os imóveis das periferias das cidades consultadas. Estavam em 7,95% e atingiram 10,48% no período: um aumento de 31,82%

Seguro fiança lidera as garantias

Quando se trata de garantia locatícia, o seguro fiança dispara na preferência dos inquilinos. No período estudado pelo CRECISP, ele esteve presente em 39,38% dos contratos. O fiador veio em segundo lugar, com 28,38%; e o depósito em poupança de 3 aluguéis ocupou a terceira posição, com 19,36%.

Os cancelamentos dos contratos de locação foram equivalentes a 68,46% do total de novos contratos assinados. E 35,58% dessas devoluções de chaves foram por motivos financeiros.

A faixa de preço de aluguel de até R$ 1.500 representou 56,32% das locações firmadas no período.

No mês de março, o CRECISP consultou 773 imobiliárias em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.