A era digital trouxe consigo não apenas avanços tecnológicos, mas também uma nova geração imersa nas facilidades que ela oferece. A geração Z, como é conhecida, cresceu com acesso imediato à vastidão da internet e rodeada por dispositivos eletrônicos. Isso significa que esses jovens vivem em um universo onde a conexão virtual é uma extensão natural de sua realidade. No entanto, essa familiaridade com o mundo online os torna alvos fáceis para criminosos cibernéticos.
Segundo a pesquisa da NordVPN, 30% dos homens da Geração Z reportaram perdas financeiras significativas devido a fraudes, especialmente relacionadas ao vazamento de informações pessoais e ao impacto emocional de golpes. Esses números são ainda mais alarmantes considerando o contexto de ataques cibernéticos: os homens dessa faixa etária são mais vulneráveis a golpes no WhatsApp, incluindo links falsos e pedidos de dinheiro feitos por amigos ou familiares. E o pior, embora a geração mais jovem tenha um nível de consciência maior sobre fraudes, isso não impede que sejam alvos fáceis.
Wanderson Castilho, perito em crimes digitais e CEO (diretor executivo) da Enetsec, explica que o alto grau de confiança dos nativos digitais no ambiente online, somado à exposição exagerada de dados pessoais, facilita o trabalho dos criminosos. "Eles não sabem como usar a internet ao seu favor para se proteger, o que torna a vítima mais suscetível. Cada foto de viagem, cada trend que compartilham, é um dado que um cibercriminoso pode usar para criar um golpe direcionado," comenta.
O Papel das Redes Sociais nos Golpes da Geração Z
As redes sociais, essenciais para o dia a dia da Geração Z, são terreno fértil para os golpistas. Cada post sobre a rotina, cada detalhe aparentemente inofensivo pode ser uma pista valiosa para quem tem más intenções. Como apontado pelo estudo, é justamente a facilidade de acesso à essas informações nas plataformas digitais que torna as pessoas dessa faixa etária mais vulneráveis a golpes financeiros.
Golpes Comuns que Afetam a Geração Z
Como se Proteger?
Castilho sugere algumas estratégias para se proteger desses ataques. "Evite clicar em links suspeitos, nunca compartilhe informações pessoais, utilize autenticação de dois fatores e desconfie de ofertas que parecem boas demais para ser verdade". Além disso, é essencial ter consciência de que a proteção online não é responsabilidade apenas da pessoa, mas de todos educadores, pais e empresas de tecnologia.
A geração Z, embora mais digitalmente conectada e consciente, ainda precisa aprender a se proteger das ameaças cibernéticas, especialmente em um cenário onde os criminosos evoluem mais rápido do que as defesas. A conscientização, aliada ao uso de ferramentas de segurança como VPNs e autenticação em duas etapas, pode ajudar a diminuir os riscos.
É irônico que a geração mais conectada, também seja a mais vulnerável a golpes cibernéticos, especialmente entre os homens. A chave para evitar que mais pessoas dessa geração se tornem vítimas é o aumento da educação sobre segurança online, o que pode ser feito por meio da colaboração entre jovens, pais e profissionais de tecnologia. Somente com esse esforço conjunto será possível reduzir os riscos e garantir uma navegação mais segura na internet.