O empresário Giuliano Bertolucci moveu uma ação judicial contra o Corinthians para receber aproximadamente R$ 78 milhões em dívidas. Esse valor se refere a transferências e comissões de jogadores que passaram pelo clube nos últimos anos.
Em resposta, o Corinthians afirmou estar ciente do processo e que já tomou medidas para incluir Bertolucci no Regime Centralizado de Execuções (RCE), um processo submetido pelo clube na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). Apesar das pendências financeiras, o clube garante manter um bom relacionamento com o empresário.
Bertolucci representa atletas como Matheuzinho, além de ex-jogadores do clube, como Jô, Paulinho e Ramiro. Ao todo, cinco ações foram registradas no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), totalizando valores que ultrapassam R$ 78 milhões.
"O Corinthians está ciente do processo e tomou medidas para incluir Bertolucci no RCE", disse um porta-voz do clube.
Bertolucci encabeça a lista de credores do clube. Outros empresários, como Carlos Leite e André Cury, também figuram entre os maiores credores, somando uma dívida total com agentes de aproximadamente R$ 170 milhões.
Em novembro de 2023, o Corinthians solicitou a inclusão no RCE, visando um plano de pagamento e parcelamento das dívidas, que chegam a R$ 379 milhões com empresários, ex-jogadores e outros clubes. Este mecanismo, criado com a Lei da SAF, objetiva organizar as pendências e estabelecer uma fila de credores, evitando bloqueios e execuções judiciais.
A dívida total do Corinthians gira em torno de R$ 2,3 bilhões, a maior entre os clubes brasileiros. Destes, R$ 710 milhões são referentes à dívida com a Caixa Econômica Federal pela construção da Neo Química Arena. Para solucionar essa pendência, o clube, o banco e a Gaviões da Fiel (principal torcida organizada do Corinthians) firmaram um Protocolo de Intenções para quitar o estádio por meio de uma campanha de arrecadação. Até o momento, foram arrecadados R$ 34,7 milhões.
A situação financeira do Corinthians demonstra os desafios enfrentados por grandes clubes de futebol no gerenciamento de suas finanças, principalmente em relação a negociações envolvendo atletas e seus empresários. O caso serve como um exemplo da complexidade das relações entre clubes e agentes no futebol brasileiro.
Em meio a essa crise financeira, o Corinthians precisa de soluções criativas e transparentes para resolver seus problemas financeiros e evitar novas ações judiciais que possam prejudicar ainda mais sua imagem e situação.
A gestão do clube precisa de uma postura responsável e proativa, capaz de reestruturar as finanças, controlar os gastos, e buscar soluções inovadoras para sanar as dívidas e retomar o caminho do sucesso.
*Reportagem produzida com auxílio de IA