Na primeira segunda-feira de maio (05), o Grupo de LĂderes Empresariais organizou um almoço no W Hotel, na Vila OlĂmpia (Zona Sul da Capital Paulista). E pela primeira vez em trĂȘs anos no ar, o Correio pôde acompanhar o almoço do LIDE junto com representantes de outros grandes veĂculos de comunicação, como SBT, TV Gazeta, UOL, Poder360, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e CNN Brasil.
O almoço foi capitaneado pelo fundador do LIDE, o ex-prefeito e ex-governador do estado João Doria Junior, e foi voltado para JosĂ© MĂșcio Monteiro, Ministro de Estado da Defesa, acompanhado pelos comandantes das Forças Armadas: General Richard Fernandez Nunes (Chefe do Estado-Maior do ExĂ©rcito), Almirante Marcos Olsen (Marinha) e Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno (Força AĂ©rea).
Na introdução, o ex-governador paulista ressaltou que conhece o ministro hĂĄ 30 anos: "homem Ăntegro, correto, bem-humorado, com sentimento integrador e pacifista". Doria tambĂ©m agradeceu MĂșcio pela "defesa da democracia".
"Não tem mais oito de janeiro"
Monteiro ressaltou que "a preocupação Ă© absoluta com paĂs", e que "não tem mais dia 08/01", referindo-se ao eco que se deu no governo Lula desde os acontecimentos em BrasĂlia. Sem citar qualquer referĂȘncia aos rĂ©us e/ou aos acusados, um dos ministros mais longevos do terceiro mandato de LuĂs InĂĄcio Lula da Silva (PT) deixou claro: "a nós interessa que tudo seja esclarecido".
O ministro fez questão de levar os lĂderes das nossas forças armadas ao almoço assim que fora convidado pelo grupo.
JosĂ© MĂșcio disse tambĂ©m que a "diplomacia Ă© a melhor arma" em "um mundo terrivelmente preocupante". Os convidados aplaudiram o ministro quando Monteiro afirmou que "precisamos da defesa imune à polĂticos e imune à mandatos", fazendo um paralelo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que instrumentalizou as Forças Armadas ao seu favor chegando atĂ© a planejar um golpe de estado. O ex-presidente pode ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda em 2025.
No final de seu discurso, Monteiro fez um pedido: "temos que procurar a paz".
Após o encerramento do almoço, o Correio chegou a questionar João Doria sobre um provĂĄvel retorno à vida pĂșblica. "Encerrei definitivamente, não tem mais volta".