Escola Superior de Propaganda e Marketing traça raio-X das mudanças de hábitos de consumo do brasileiro, puxadas pela agenda de saúde e bem-estar

62% dos entrevistados afirmam ter incluído mais alimentos saudáveis em sua cesta nos últimos anos, segundo pesquisa do Centro de Estudos Aplicados de Marketing (CEAM)

Por Redação em 07/05/2025 às 11:44:13

Pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Aplicados de Marketing (CEAM), da ESPM, escola de referência, autoridade em Marketing e Inovação voltada para negócios, analisou o comportamento de consumo dos brasileiros nos últimos anos.

O levantamento "Mudanças e novos hábitos de consumo" considerou fatores externos como a digitalização e estilo de vida, e tem como objetivo compreender quais categorias de produtos e serviços têm sido mais impactadas por essas mudanças e quais os novos hábitos dos brasileiros.

A pesquisa identificou que 62% dos entrevistados perceberam alteração no consumo de alimentos saudáveis nos últimos anos. Quando questionados sobre quais produtos não consumiam e passaram a consumir, os produtos naturais e saudáveis apresentaram maior percentual (16%) entre os produtos mencionados, enquanto suplementos, cosméticos e produtos para pets ficaram com os mesmos 5% cada. No entanto, a maioria (18%) dos entrevistados respondeu "nenhum/não sei" para esta pergunta.

Quais produtos não consumia e passou a consumir nos últimos anos?

"Com o levantamento, buscamos observar as tendências de consumo, além de avaliar quais itens foram deixados de lado e quais passaram a ser mais consumidos", diz Evandro Luiz Lopes, diretor acadêmico de pesquisa e Pós Stricto da ESPM.

Evandro destaca ainda que a pesquisa busca identificar os principais fatores que orientam a tomada de decisão de compra. "Queremos entender a influência digital e quais os canais de informação preferidos, além de identificar as modalidades de pagamento preferidas. A pesquisa ajuda a ter uma visão abrangente das transformações recentes no consumo e suas implicações para as empresas", diz.

Quando questionados sobre os produtos e serviços que pretendem parar de consumir nos próximos anos, a resposta também tem relação com o bem-estar, 16% dos entrevistados responderam: alimentos industrializados e processados. Em segundo lugar, bebidas alcóolicas (7%), seguido por refrigerantes (6%) e alimentos com açúcar (5%).

Influência digital

Para quase 60% dos entrevistados as redes sociais são importantes para compras, porém quando questionadas sobre o impacto dos influenciadores digitais, quase 50% não os consideram importantes para se informar sobre produtos e serviços. Mesmo assim, 40% já afirmaram ter comprado produtos indicados por eles em algum momento.

Pagamento

Sobre o método de pagamento para compras, o cartão de crédito é o meio preferido por quase metade dos respondentes (46,5%), mas o Pix segue logo atrás, com 38,8%. Cartão de débito é a preferência de 8,8% e dinheiro 6%.

Consumo para quem?

Ao serem questionados, em termos percentuais, quanto do gasto anual se direciona para si mesmo e o quanto para outras pessoas, o percentual ficou bem parecido entre os dois grupos (para si e para os outros), 40,5% gastam entre 50% e 69% do orçamento para si, enquanto 40% gastam o mesmo percentual (entre 50% e 69%) com os outros. Os principais destinatários deste consumo são os cônjuges (50,5%), seguidos pelos pais (26%) e irmãos (17,3%), evidenciando a priorização do núcleo familiar.


Metodologia

Com nível de confiança de 95%, a pesquisa, conduzida pelo CEAM - Centro de Estudos Aplicados de Marketing, ouviu 400 respondentes entre março e abril de 2025. O estudo utilizou dados coletados via painel online e foi composta por participantes de todas as regiões do Brasil, selecionados por quotas seguindo critérios da ABEP (sexo, classe social, regionalidade e renda). A pesquisa combinou análises qualitativas e quantitativas, com uso de técnicas estatísticas descritivas e multivariadas.



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Tags:   Consumo
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