Por Rafael Paiva*
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental caracterizada por dificuldades na comunicação, interação social e padrões de comportamento repetitivos.
Embora o foco geralmente esteja nos desafios cognitivos e comportamentais, é fundamental destacar que muitas pessoas com TEA também apresentam alterações motoras. Dificuldades no equilíbrio, na coordenação motora fina e grossa e no planejamento motor (dispraxia) são comuns, impactando atividades do dia a dia e a qualidade de vida.
Nesse contexto, o Pilates tem se mostrado uma ferramenta eficaz na reabilitação motora de pessoas com autismo. Por ser uma prática que combina movimentos controlados, respiração e concentração, o método promove ganhos significativos em áreas que frequentemente estão comprometidas no TEA.
Como o Pilates auxilia no TEA?
O Pilates oferece uma abordagem estruturada e individualizada, permitindo que cada exercício seja adaptado às necessidades específicas do praticante.
Entre os principais benefícios estão:
- Melhora no equilíbrio e na coordenação: Os exercícios fortalecem a conexão mente-corpo, promovendo maior controle motor e estabilidade.
- Fortalecimento muscular: O aumento da força ajuda a melhorar a postura e a resistência para atividades diárias.
- Redução da ansiedade: O foco na respiração e nos movimentos suaves auxilia no controle emocional, um aspecto crítico para pessoas com TEA.
- Aumento da consciência corporal: O método ajuda o praticante a entender melhor como seu corpo se movimenta, o que é especialmente benéfico para aqueles com dificuldades de planejamento motor.
Além disso, o ambiente calmo e a abordagem individualizada do Pilates proporcionam um espaço seguro para pessoas com TEA explorarem seus movimentos sem sobrecarga sensorial, que muitas vezes é um desafio em outros contextos.
A inclusão do Pilates na rotina de reabilitação de pessoas com autismo é uma forma de estimular o desenvolvimento motor e cognitivo, promovendo mais autonomia e qualidade de vida. É um convite para reconhecer que o movimento é uma ponte poderosa entre o corpo e a mente, especialmente no TEA.
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